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História da Casa do Peso

A Casa do Peso é uma casa Senhorial de matriz rural do Sec. XVIII, mandada edificar por Manuel Martins Durão, abastado proprietário e lavrador do Concelho do Crato, em 1740. Herdada por via familiar, por Maria Cassiana de Sande, como dote de casamento com Tomé de Barros Castelo Branco, é hoje propriedade de seus trisnetos, a Família Lozano. Os atuais proprietários, procederam à reabilitação  da casa, adaptando-a de forma a poder receber confortavelmente os hóspedes em 10 quartos (alguns dos quais suites).

Esta intervenção procurou preservar o carácter da habitação, não introduzindo alterações na fachada e respeitando cuidadosamente a arquitetura interna, as mobílias e os acabamentos da época. Procurou-se dotar a casa do conforto exigido nos nossos dias, tendo todos os quartos instalações sanitárias privativas, aquecimento central e ar condicionado, mobiliário e decoração da época, e réplicas de elevada qualidade, num conceito temático misto, todo ele baseado na Tradição, História e Cultura Portuguesa. A casa conta hoje com dez quartos, diversas salas de estar, um pátio interior, um jardim e uma piscina.

 

Apresentam-se abaixo várias fotografias do "Antes e Depois", onde se procura dar a conhecer as alterações introduzidas.
 

Casa do Peso - Fachada Principal antiga.

A Fachada Principal

A nível exterior, a casa alinha com a construção típica Alentejana e exibe elementos artísticos como as cantarias das janelas e a elegante sacada de ferro batido, ao estilo da época.

 

< Antes

Depois >

O Pátio Interior

< Antes

Depois >

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Jardim-Pomar Biológico

< Antes

Depois>

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O Hall de Entrada

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O Hall de entrada apresenta características que contrastam, e ao mesmo tempo se complementam.

 

Apresenta uma estrutura mais rústica nos tetos, com as vigas e a madre em madeira de Castanho, madeira essa proveniente dos soutos de Castanheiros da região, com quase 300 anos. As paredes em alvenaria de pedra, com  80 cm de espessura, garantem uma casa fresca mesmo no Verão. 

 

Todo o tabuado é original, assim como as portadas e portas interiores também em Castanho de época, o que demonstra a excelente qualidade e longevidade desta madeira, sujeita a intempéries durante todos estes anos e que ainda se conserva.

 

É muito característica da época, a utilização a nível decorativo e estrutural, do tijolo de burro nos arcos, toda essa rusticidade é complementada com mobiliário mais exótico, trazido do Oriente, de forma a realçar e contrastar com os elementos arquitetónicos da Casa.

 

Este mobiliário apresenta-se muito trabalhado, embora de forma artesanal, o que cria uma ponte, sui generis, com o resto, indiciando ao mesmo tempo uma forte ligação do Povo Português ao Oriente, através da epopeia dos Descobrimentos.

A Sala / Bar Luís de Camões

A nível funcional, a característica mais interessante desta divisão, deve-se ao facto de, antigamente, os animais pernoitarem nela. O objetivo seria garantir a segurança dos animais, e também, aproveitar o calor corporal proveniente deste para assegurar uma temperatura mais comoda em casa durante a época mais fria. Estes animais que eram abrigados seriam animais estimados pelos proprietários, sendo que provavelmente se tratava de cavalos e burros.

 

A manjedoura, onde eram colocados os alimentos, para os animais, foi reaproveitada como expositor histórico, com referência aos feitos e conquistas dos Portugueses, na época dos descobrimentos. Nela se dá relevo aos maiores navegadores portugueses e aos seus feitos.

 

Ainda durante as obras de recuperação da Casa foram encontradas, debaixo do pavimento da sala, duas talhas de proporções fora do comum, que seriam utilizadas no armazenamento de sal, azeite e vinho, que se optou por manter e valorizar.

 

Ao fundo encontra-se a lareira, muito comum neste tipo de instalações para aquecer águas e a casa em geral. Encontram-se também expostos vários tipos de alguidares de barro utilizados nas diversas atividades domésticas. O nome da sala foi escolhido pelos atuais proprietários, como homenagem a Luís Vaz de Camões, o mais expressivo e virtuoso poeta Português, que dedicou toda a sua vida à arte poética, enaltecendo os inúmeros feitos do Povo Português, na época da expansão colonial Portuguesa. Camões foi um inovador linguístico, quebrando regras pré-definidas, pelos modelos clássicos. Tornou-se um símbolo nacional e uma referência literária, sendo a sua maior obra, Os Lusíadas.

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< Antes

Depois>

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Casa do Peso - Sala de Estar Espaçosa Tu

A Sala D. Tomé de Barros Castel-Branco

Nesta sala encontramos o retrato original de D. Tomé de Barros Castel-Branco, nobre da Corte de D. Maria II e D. Pedro V, natural de Castelo de Vide e casado com D. Maria Cassiana de Sande Biscaya e Silva, pais de D. António Luís de Barros Biscaya e Silva , militar de cavalaria e professor na Academia Militar de Lisboa e Cavaleiro da Ordem Militar S. Bento de Avis.
 

Casa do Peso - Sala de Estar Ampla Turis

A Sala D. António Luís de Barros Biscaya e Silva

Nesta sala podemos encontrar o retrato original do bisavô da família, decorado com bordados de seda, feito pela sua filha Maria Luísa, irmã de Maria Julieta de Barros Biscaya Domingues dos Santos, avó dos atuais proprietários.

 

Encontramos também as condecorações a ele atribuídas pelos reis D. Luís I, D. Carlos I, e D. Afonso XIII de Espanha, entre as quais se encontra o Grau de Cavaleiro da Ordem de Avis.

Casa do Peso - Sala D. António Luís de B
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A cozinha apresenta uma chaminé típica Alentejana, com uma zona de confeção de alimentos, embutida na mesma, um fogão, de alvenaria, construído com tijolo burro, com duas saídas de cozedura. As chaminés serviam também, para fazer o fumeiro para os enchidos, sendo os mesmos pendurados, nas barras horizontais. O teto da cozinha, apresenta vigas e madres de castanho originais com quase 300 anos. A bancada, também original, feita em granito serviria de suporte às bilhas de água, às quais asseguravam a frescura da mesma.

Também de época são os mosaicos hidráulicos, existentes no pavimento. Todos os pratos expostos nas paredes foram encontrados na casa e muitos têm uma representação dos ofícios da terra.

 A Cozinha

A Sala Fernando Pessoa

A sala Fernando Pessoa, com traça mos moderna, abre o horizonte espacial, imaginário e intelectual, remetendo o hóspede à espiritualidade portuguesa, através da obra de Fernando Pessoa. O mobiliário de época convida o hóspede a desfrutar as suas refeições num espaço com vista deslumbrante sobre a paisagem e convidando a um mergulho na piscina.

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